Prefiro sentar-me do lado do mar,
Sempre virada para o caminho que há-de vir,
Não por enjoar, não pelo lado romântico
Se me permitem,
Apenas porque sim.
Quando vou sozinha já não fico dominada pela paisagem.
Já decorei as estações e já não quero saber das pessoas,
Simplesmente olho e descubro coisas novas ou diferentes
Há sempre coisas diferentes,
E há sempre coisas que já estavam lá mas que são novas.
Agora já preciso de acompanhar com música
Faço as árvores dançarem ou embalarem ao ritmo certo.
Quase sempre me dá uma vontade enorme de escrever
Não se usa pedir uma caneta a um estranho,
Somente as horas e lume
O vício de escrever não é assim tão forte,
Ou finge-se não ser.
Finalmente chego, e cai-me o cansaço do dia nas pernas
Prometi que ia correr,
Não vai ser hoje.